terça-feira, 24 de novembro de 2009

Projeto: Escola e Comunidade na Inclusão Digital

PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES – MUNICÍPIO DE IRECÊ
CURSO DE PEDAGOGIA – ENSINO FUNDAMENTAL/SÉRIES INICIAIS
CICLO TRÊS – 2009.2
GEAC INCLUSÃO DIGITAL
PROFESSORES: MARIA HELENA S.BONILLA,SULE SAMPAIO EARISTON EDUÃO
CURSISTAS: MARICÉLIA ALECRIM DA SILVA, CONSUELIA PEREIRA,GILDETE R. SOUZA, NAURA CÉLIA SANTOS EJÚLIA SOARES.


PROJETO DE INCLUSÃO DIGITAL

Projeto: Escola e Comunidade na Inclusão Digital
Introdução:

Educação tem como finalidade a promoção do homem, enquanto sujeito que vive e participa em uma sociedade e, também, como sendo a capacidade de promover o desenvolvimento do sujeito física, social, moral e intelectualmente, integrando-o ao meio social onde se dá as suas relações [GIR 96].

De acordo, a educação não é algo estático, muito ao contrário, é dinâmico, pois se vincula diretamente às relações sociais, econômicas, políticas e culturais, colocando todos os envolvidos com a causa educacional no processo de formação do sujeito. E tomando esta idéia como ponto de partida que se faz necessário analisar, apoiar e até mesmo promover mudanças junto a instituições educacionais, professores, alunos, funcionários e comunidade, pois a sociedade está em constante movimento, novos recursos tecnológicos estão sempre sendo apresentados e, na maioria das vezes, muitas profissionais desta área não sabem como utilizá-los. E muitas dessas novas tecnologias não chegam a todas as instituições.
Muitas escolas ainda possuem um quadro de professores e funcionários que ainda não estão preparados e nem capacitados para utilizar esses novos recursos. Um bom exemplo da falta de preparo para o uso das novas tecnologias nas escolas públicas, é o caso da Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida, que não possui equipamentos e nem tem acesso ao mundo digital, e também outras escolas, que recebem equipamentos computacionais do governo, mas não possuem pessoal capacitado para utilizá-los.
Na cidade de Irecê, Bahia, bem como nas demais cidades mais próximas, é possível verificar a existência de novas tecnologias à disposição de muitas escolas públicas e não existe pessoal capacitado para dar suporte pois,

A imersão tecnológica da escola propicia o desenvolvimento de uma “cultura digital”, na qual os alunos têm suas possibilidades de aprendizagem ampliadas pela interação com uma multiplicidade de linguagens ao mesmo tempo em que se potencializa a inclusão digital em toda comunidade escolar. (CÂMARA DOS DEPUTADOS, 2008,p. 16).

Nos últimos anos, os governos, nos diversos níveis da administração pública (municipal, estadual e federal) têm se empenhado em adquirir sistemas computacionais (hardware e software) para instalação na rede pública de ensino. No entanto, na maioria das comunidades existem uma carência enorme com relação à capacitação e formação de profissionais, no uso de equipamentos adquiridos e que, em alguns casos, nem chegam a ser instalados. Esta carência de equipamentos tecnológicos e pessoal capacitado para formar cidadãos produtores de conhecimento no mundo da tecnologia foi a nossa principal motivação para a elaboração do projeto de inclusão digital na Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida.

JUSTIFICATIVA:

Vivemos em um cenário sócio-cultural que afeta e modifica nossos hábitos, nosso modo de trabalhar e de aprender, além de introduzir novas necessidades e desafios relacionados à utilização das tecnologias de Informação e Comunicação digital. Os computadores começam a se fazer presente em todos os lugares e, junto às novas possibilidades de comunicação, interação e informação advindas com a Internet, provocam transformações cada vez mais visíveis em nossas vidas. Percebemos que é importante e necessário que a Escola M. Nossa Senhora Aparecida, que está localizada no bairro Severiano Moitinho, se faça presente nesse mundo da informação e comunicação digital, visando familiarizar e motivar toda a comunidade escolar, oferecendo os instrumentos tecnológicos como meios para desenvolver atividades significativas e refletir sobre diversos temas que surgem no dia a dia.
Percebendo a necessidade e importância de incluir a comunidade do bairro Severiano Moitinho na inclusão digital, por ser um bairro carente com grandes dificuldades ao acesso tecnológico, decidimos juntamente com a comunidade escolar e associação de bairro para elaborar o Projeto “Escola e Comunidade na Inclusão Digital”.

OBJETIVOS:

Despertar na comunidade o interesse pela comunicação e informação digital.
Envolver toda a comunidade nos projetos desenvolvidos na escola através do Laboratório de Informática.
Ampliar o conceito de inclusão digital como forma de integração entre a educação, tecnologia e cidadania visando a transformação social.
Incrementar a comunicação e a colaboração entre os seus integrantes do Bairro Severiano Moitinho , tornando suas operações mais dinâmicas.
Promover a aproximação dos familiares e da comunidade em geral da escola partindo de um maior intercâmbio de informações, apoio e orientações para a vida prática, fortalecendo e revitalizando o vínculo entre a escola e pais de alunos.
Familiarizar os pais e integrantes da comunidade com os recursos tecnológicos contribuindo para que os mesmos estreitem as relações com o contexto digital.

METODOLOGIA:

Com a implantação do projeto “Escola e Comunidade na Inclusão Digital”,na Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida, iremos trabalhar de modo a torná-lo um espaço multidisciplinar, onde cada indivíduo terá seu espaço para desenvolver seus projetos de pesquisas e atividades de aula, tendo a oportunidade de estarem desenvolvendo a sua criatividade e iniciativa na produção de seu conhecimento, uma vez que a Educação é prioridade e que a informação e comunicação digital não se configura como barreira para que propostas e ações pedagógicas inovadoras sirvam de parâmetros para a nossa prática pedagógica.

Será desenvolvido no espaço público da unidade de ensino do Bairro Severiano Moitinho. Onde será monitorado pelos próprios alunos, sendo remunerados com uma bolça de estudos fornecido pela Prefeitura Municipal de Irecê.

Serão abertos durante os finais de semana para o beneficiamento da comunidade para suas necessidades digitais.



REFERÊNCIAS:

BRASIL, Paramêtros Curriculares Nacionais. Ensino Fundamental. MEC/SEF, 1997.
CITELLI, Adilson, 1999, Comunicação e educação - a linguagem em movimento. São Paulo: SENAC.
CÂMERA DOSDEPUTADOS. Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica. Um Computador por aluno: a experiencia brasileira. Brasília: Câmera dos Deputados, Série Avaliação de Políticas Públicas, Brasília/DF,n. I, 2008.
LÉVY, Pierr, As tecnologias da inteligência. Rio de Janeiro: p. 34, 1993.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

FILME AS HORAS


O filme “As Horas” apresenta a história de três mulheres, vivendo em épocas diferentes, ligadas pelo livro Mrs. Dalloway. Em 1923 vive Virginia Woolf (Nicole Kidman), a autora do livro que ela mesma é personagem, enfrentando uma crise de depressão e ideias de suicídio. Chega a pensar que a morte é a solução dos seus problemas. Em 1949 vive Laura Brown (Julianne Moore), uma dona casa que mora em Los Angeles, com seu marido e o filho Richard, grávida de outro, começa ler o livro e não consegue mais parar, com muitos conflitos, chamado de crise existencial, acaba abandonando o marido e seus filhos. Nos dias atuais vive Clarissa Vaughn (Meryl Streep), uma mulher cheia de vida e editora de livros que vive em Nova York, planeja dar uma festa para Richard (Ed Harris), seu ex-namorado e escritor e hoje está com Aids, quando o mesmo resiste em ir para a festa que Clarissa promove em sua homenagem.

domingo, 8 de novembro de 2009

ATIVIDADE DE ALFABETIZAÇÃO II





A professora Geovana Zen, nos traz nestas atividades de Alfabetização II, que é preciso fazer as intervenções necessárias para que o aluno avance que elas servem para as crianças avançarem nas suas interpretações, criando situações problematizadoras e com desafios para que assim possa levar o aluno a pensar na situação apresentada de leitura.

É preciso então que nós professores devemos assumir a condição clara, ao enfatizar o papel da ação e reflexão do aluno no processo de alfabetização, que o conhecimento percorrido pelo aluno favorece a intervenção pedagógica, pois permite o ajuste das informações oferecidas as condições de interpretação em cada momento do processo. Permite também considerar os erros cometidos pelo aluno como pistas para guiar a nossa prática e torná-la mais eficaz.

CIDADE DIGITAL




É aquela que apresenta, em toda a sua área geográfica, uma infra-estrutura de telecomunicações e internet, tanto para o acesso individual, quanto ao público, disponibilizando à sua população informações e serviços públicos e privados em ambiente virtual.

Esse projeto de Cidade Digital é acessível a qualquer município. As oportunidades estão disponíveis e podem ser adaptadas para a realidade econômica e tecnológica de cada cidade. Para programar basta vontade política e uma gestão atenta as ações de inclusão socias e digital.

A cidade de Irecê só tem a ganhar em estar incluída neste projeto, buscando toda essa infra-estrutura de uma Cidade Digital para os seus munícipes, modernizando a administração publica, com interação via computador; de todas as entidades diretas e indiretas; acesso mais imediato às informações e serviços, e com vários outros benefícios.

sábado, 26 de setembro de 2009

GELIT- AS CIDADES INVISÍVEIS- ITALO CALVINO


AS CIDADES INVISÍVEIS
Em As Cidades Invisíveis (1972), Ítalo Calvino extrapola os fatos possíveis e imagina um diálogo brilhante entre "o maior viajante de todos os tempos" e o famoso imperador dos tártaros. Melancólico por não poder ver com os próprios olhos toda a extensão dos seus domínios, o imperador Kublai Khan faz de Marco Pólo o seu telescópio, o instrumento que irá franquear-lhe as maravilhas de seu império, quando os dois se encontram na capital, durante o século XIII.

O imperador não pode sair da capital e, para satisfazer sua curiosidade, Marco Polo descreve a ele as cidades e os lugares por onde passou durante uma viagem que teriam durado 30 meses. E com um detalhe, todas as cidades com nomes de mulheres, Pentesiléia, Cecília, Leônia, Clóe, etc, Com relatos curtos, poéticas carregadas de imaginação divididas por capítulos, o viajante Marco Pólo descreve as 55 cidades por onde teria visitado. Uma viagem por cidades imaginárias. Uma coleção de poesias em prosa. Um diálogo magnífico entre dois grandes nomes da Idade Média.

O autor consegue criar descrições de cidades fantásticas, que nos colocam sempre a pensar e a imaginar nossa relação com os ambientes ao redor. Cidades que são espelhadas, metrópoles inconscientes de sua história, mesmo invisíveis, essas cidades coexistem, na memória e, principalmente, na imaginação de cada um.

O desejo de Khan é montar o império perfeito a partir dos relatos que ouve. São lugares imaginários como: as cidades e a memória, as cidades delgadas, as cidades e as trocas, as cidades e os mortos, as cidades e o céu. O
jovem Marco permaneceu por 17 anos, desempenhando importantes funções diplomáticas na corte do Grande Khan. Isso é o que está registrado nos compêndios de história. O resultado é um livro extraordinário e indefinível.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

INCLUSÃO OU EXCLUSÃO DIGITAL?

Segundo a professora Bonilla o termo “inclusão” significa trazer para dentro temporariamente para depois jogar fora. Após essa reflexão, percebi o quanto os jovens de classe baixa em busca de emprego fazem os famosos cursinhos de informática acreditando que vão conseguir um trabalho, mas com a falta de computador em suas casas eles perdem o contato com as tecnologias e seus avanços e acabam perdendo as oportunidades que aparecem.

Nós professores precisamos estar inseridos nesse mundo digital, sendo parte integrante, desse mundo tecnológico, não podemos estar excluídos destas novas tecnologias, precisamos conhecer e estar cada vez mais dentro deste mundo, para que assim possamos trazer as tecnologias para nossa sala de aula.

O Proinfo possibilita a inclusão digital dos alunos das escolas públicas, com a montagem de laboratórios de informática, mas isso ainda não é o suficiente para que os nossos alunos sejam verdadeiramente incluídos nas novas tecnologias, pois os computadores são poucos e não são suficientes para a grande demanda de alunos, que precisariam de professor capacitado, para não colocarem os alunos na frente do computador apenas para realizarem a velha prática de pesquisa. Seria isso suficiente? Precisamos de mais, muito mais. Quando hoje ainda temos escolas que não tem computador para os professores. Como podemos ter professores capacitados?

sábado, 4 de julho de 2009

PROBLEMAS AMBIENTAIS DO MUNICÍPIO DE IRECÊ

UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA / IRECÊ / UFBA
CICLO DOIS 2009
ATIVIDADE – EDUCAÇÃO AMBIENTAL
PROFESSOR – MARCELO FARIA
CURSISTAS – CONSUELIA PEREIRA,
MARICÉLIA ALECRIM,
MARCÉLIA CLAUDIA B. MATOS,
JOSIELMA SILVA PIRES,
OZENITA PEREIRA DE OLIVEIRA,
CLAUDIA NEIDE SANTOS

- INTRODUÇÃO:
Pensando nos problemas ambientais do município de Irecê, selecionamos os que consideramos mais graves, que foram:
Águas;
Lixo;
Dengue;
Empresa de Mineração.

Citamos também algumas soluções viáveis para contribuir com a preservação do meio ambiente e do bem estar comum.


domingo, 28 de junho de 2009

RELATÓRIO DA PESQUISA DE CAMPO SOBRE O SOFTWARE LIVRE

Universidade Federal da Bahia-UFBA
Faculdade de Educação-FACED

Curso de Licenciatura em Pedagogia-Ensino Fundamental/Series Iniciais
Ciclo: 02.2009
Atividade: Oficina de Software Livre
Professora: Maria Helena Bonilla
Cursistas: Consuelia Pereira Magalhães, Daniela Alecrim da Silva, Maricélia Alecrim da Silva

O Software Livre surge, então da necessidade de abandonarmos o velho papel de meros usuários da tecnologia e passarmos a desenvolvê-la e usá-la para o bem de todos.”

Cartilha de Software Livre


Relatório de campo da oficina de Software Livre

O termo em Inglês para Software Livre é Free Software, o que pode gerar muita confusão, pois a palavra Free, da língua inglesa, tanto pode ter o sentido de gratuidade quanto o sentido de liberdade. Na Cartilha de Software Livre... (2005, p.15), diz que:

Software Livre refere-se precisamente a quatro tipos de liberdade para o usuário do programa: A liberdade para executar o programa com qualquer propósito.
A liberdade para estudar como o programa funciona e adaptá-lo as suas necessidades. Acesso ao código fonte é um pré-requisito para esta liberdade;
A liberdade de redistribuir cópias de modo que você beneficie o próximo.
A liberdade para melhorar o programa e distribuir suas melhorias para o publico em geral, de maneira que toda a comunidade possa se beneficiar disto. Acesso ao código fonte é um pré-requisito para que isto aconteça.
O SL é um programa aberto que pode ser utilizado segundo os termos na licença GPL, permitindo aos usuários o livre acesso para distribuir cópias, com ou sem modificações, cobrando ou não por este ato. Além disso, não pode ser possível para o autor de o programa revogar esta liberdade. Se isto puder acontecer, o programa deixa de ser livre.

Não há problema algum em cobrar para distribuir Software Livre, desde que o usuário tenha sempre a liberdade de copiá-lo e modificá-lo, sem solicitar permissão para qualquer pessoa que seja. Apesar disso, podem existir regras restritivas, desde que estas não entrem em conflito com as quatro liberdades. O Copyleft, por exemplo, é uma regra restritiva que garante que estas liberdades sempre existam.

No mês de Abril de 2009, fizemos várias pesquisas de campo sobre o uso de Software Livre em Irecê. Segundo o Plano Diretor no projeto de Implantação Software Livre que foi aprovado pela lei 15/2008 em 31/12/2008 no seu capitulo VIII Da Ciência e da Tecnologia, Art. 15 no inciso III propõe: Implantar o uso de Software Livre no município, como política pública voltada á universalização da inclusão digital; portanto o inciso V do mesmo artigo reforça: Implantar programa de suporte ao uso do Software Livre no município. De acordo com o Projeto de Implantação... (2008), traz os seguintes objetivos:

Identificar as necessidades e elencar às prioridades através da interação com a comunidade, além da pesquisa inicial, visando produzir projeto coletivo de implantação do Software Livre na cidade de Irecê.
Produzir projeto em consonância com as políticas publicas, adotada no município em relação ao uso de Software Livre, com as ações correspondentes em todo o projeto Irecê envolvendo todos os seus segmentos sociais.
Realizar concursos, oficinas, projetos e comunicação de experiências locais em eventos na área de SL, inclusão digital e tecnologia da informação e comunicação mobilizando a comunidade local, projetando um cenário nacional e fortalecendo suas bases tecnológicas edificadas a partir da filosofia e utilização prática de SL.
Entre 2004 e 2005 foram realizadas várias ações em Irecê, voltadas para o uso de Software Livre que envolveu etapas de sensibilização, palestras, cursos e oficinas, reuniões com o prefeito da época, secretários municipais, Associação Comercial e clube dos Diretores Lojistas. Com a Câmara de Vereadores, além de reuniões, foi realizada uma Sessão pública no dia 12-05-2004, às 17 horas, que contou com a participação de todos os vereadores daquela casa, com o Poder Executivo Municipal, com a Universidade Federal da Bahia, com membros do Projeto Software Livre Bahia e SL Brasil.

A sessão contou também com a participação representativa da sociedade Ireceense, que se mostrou favorável à implantação do projeto apresentado. A idéia debatida e bem aceita defendia a criação de projetos de lei que dispusesse sobre a utilização de informática no município, sobre programas e sistemas de computador abertos pelos setores públicos no município universalização do acesso público à Internet e às informações digitais. A partir dessa reunião várias coisas já ocorreram no município, no sentido de consolidar uma política de inclusão sócio-digital.

Após vários debates e reuniões, foi montado o espaço físico para a implantação do Ponto de Cultura Ciberparque Anísio Texeira no espaço da Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Educação-UFBA/IRECÊ. Portanto, organizanisou-se um evento de inauguração em parceria com a Prefeitura Municipal de Irecê a UFBA/IRECÊ com ampla divulgação no município e Microrregião. O evento ocorreu no dia 24 de março de 2006, com a presença de representantes do poder público municipal (Prefeito, Vereadores e Secretários) e da Universidade Federal da Bahia, com a presença ilustre do Magnífico reitor Naomar e de Nelson De Luca Pretto, Diretor da Faculdade de Educação, bem como de autoridades locais.

O uso e as discussões sobre Software Livre em nosso município ainda são bastante novos, apesar de já ter sido implantado há mais de cinco anos. O SL chega a Irecê em 2003, com a implantação do curso. Aqui no município de Irecê á uma grande resistência por parte das pessoas para adotarem o Software Livre, por medo de não dominarem este programa por não ter conhecimento, por exemplo, as lojas de Irecê não divulgam o programa para seus clientes e apresentam apenas o Software Proprietário.

Tanto as empresas privadas quanto os usuários poderão sentir que, por não usarem Software Proprietário “padrão” da indústria, terão prejuízo em sua habilidade de desenvolver-se na carreira profissional. Segundo Guia Livre (2005, p.72), “Mas até que o Software Livre seja largamente utilizado, a administração pública deverá enfrentar este obstáculo com freqüência e informar que a qualificação profissional de quem atua com o Software Livre é valorizada no mercado”.

Em pesquisa realizada no Ponto de Cultura, entrevistamos Rita de Cássia e Ariston Eduão, responsáveis pelo funcionamento e monitoramento do Ponto de Cultura, criado em 2003, e implantado em 2005, através do Curso de formação da UFBA vinculada a Prefeitura Municipal de Irecê. Eles conheceram o SL no Processo de Formação de Professores, 1ª turma do Curso de Licenciatura em Pedagogia- UFBA/IRECÊ.

O Ponto de Cultura Ciberparque, montam os telecentros nos povoado de Itapicuru e Meia Hora. Nas Escolas Municipais: Zenália Dourado Lopes, Luiz Viana Filho, Angical, Colégio Odete, Parque Ineny Nunes Dourado, com cerca de 10 computadores cada, todos operacionalizados com sistemas Livres, com uma hora diária de internet para cada usuário, com a parceira da Secretaria Municipal de Educação e do (gilix) -Grupo Irecê linux. Este grupo trabalha na formação desses jovens, oferecendo oficinas e cursos de capacitação para o uso de Software Livre dando apoio e suporte a todos os telecentros.

Esse trabalho se desenvolve em três comunidades rurais: os povoados de Itapicuru, Meia Hora e Angical, e dois com parceria do Tabuleiro Digital, Ciberparque e do PID - Programa de Identidade Digital do Governo Estadual, sediado no bairro Bradesco e no bairro São Francisco, em Irecê. O programa Software Livre e os telecentros do Ponto de Cultura têm beneficiado de forma significativa à população ireceense.

O Ponto de Cultura tem como objetivo preparar monitores para ajudar as pessoas na compreensão do funcionamento da máquina, através da formação técnica de jovens de 15 e 25 anos, e o curso de informática básica para todas as idades. Segundo entrevista feita à coordenadora do Ponto de Cultura Rita de Cássia (2009), ela nos afirma que,

Uma das ações do Ponto de Cultura é a disseminação da cultura e uso do SL, sendo divulgado em outros Territórios Baiano, tais como: Chapada e no Semi-árido.
após ter conhecido o SL e suas vantagens, focando principalmente na imunidade a vírus, seria contraditório continuar usando o SP. Considerado um dos maiores Projetos de Inclusão Digital da Região de Irecê, é o Tabuleiro Digital. É composto por 36 computadores conectados à Internet, trazendo informação a todos os munícipes de Irecê e Região. Funciona de segunda à sexta, das 08 às 21h, e aos sábados das 08 às 18h, e a procura é imensa em todos os horários.

Depois de termos feito esta entrevista, percebemos o quanto o Ponto de Cultura é importante, pois a equipe que lá trabalham é que dão suporte e manutenção aos computadores das escolas municipais de Irecê que usam ou não Software Livre e todos da comunidade Ireceense têm total liberdade de acesso ao Tabuleiro Digital, para fazerem suas pesquisas e desenvolverem seus conhecimentos no mundo tecnológico.

O Ponto de Cultura contribui bastante na nossa formação de professores, principalmente para quem não tem computador via Internet em casa, então buscam este local de apoio para realizar seus trabalhos da faculdade.

Ao visitarmos a Escola Municipal José Francisco Nunes, localizada no povoado de Itapicuru Irecê BA, vimos nitidamente a importância do Software Livre para estudantes e comunidade. Lá eles não têm dificuldades com a manutenção, pois têm um professor apto para lidar com os programas. Quando necessário, eles chamam pessoas do Ponto de Cultura Ciberparque Anísio Teixeira para ajudar naquilo que estiver fora do alcance do tutor o professor Nelson Rodrigues da Cruz Junior, que demonstra segurança e satisfação quanto ao uso do SL no que diz respeito às vantagens do mesmo.

Ele fala das mesmas vantagens citadas por outros entrevistados/as, como também por outras fontes de informações que estamos tendo no decorrer desse trabalho como: a Cartilha Software Livre, Além das Redes de Colaboração, os materiais explorados no site http://www.moodle.ufba.br/, exposto na página do Projeto Irecê.

Consideram que o Software Livre, para os trabalhos que são realizados por eles, não deixa em nada a desejar em relação ao Software Proprietário. Portanto, é desenvolvido um trabalho independente na escola de Itapicuru sobre as tecnologias, dando enfoque à comunicação, utilizando programa Linux Educacional, em que sempre que é acessada a Internet, ele fornece as atualizações gratuitamente.

Fomos até a Escola Municipal Luiz Viana Filho, pois tivemos conhecimento que aquela instituição foi contemplada em 2008 com um infocentro, com disponibilidade de 10 computadores, todos com o Sistema Operacional Linux Educacional instalado.

O monitor Dino Estevão conheceu o programa e aprendeu a fazer uso no Ponto de Cultura e Tabuleiro Digital, onde recebeu as primeiras informações, participando de capacitação como Agente Cultura Viva e atuando como voluntário por dois anos.

A escola recebeu o infocentro através do Proinfo- Programa de Formação de Informática um Programa do Governo Federal em parceria com o MEC e Secretaria Municipal de Educação. Este rapaz, morador de bairro periférico, compreende a importância da política do Software Livre em nossa cidade, e diz estar disposto a fazer divulgação em prol do mesmo.

Dino afirma que seus usuários, professores e alunos, não sentiram dificuldade para trabalhar com o software livre, a cada dia demonstram crescimento no manuseio e que esses usuários, hoje, sente-se incluídos no mundo digital, contando também com um telecentro para uso da comunidade em geral. O mesmo se encontra desativado temporariamente por falta de espaço, mas acredita que esse problema logo será solucionado, pois ele acredita no bom senso dos políticos da nossa cidade.

Entrevistamos o técnico da Empresa Baiana de Águas e Saneamento aqui em Irecê, o senhor Carlos Ribeiro. E com o diálogo que tivemos, percebemos que ele é uns dos cidadãos Ireceense que usa e defende o software livre de uma forma comovente.

Ele afirma que o motivo pelo qual o levou a fazer a migração do programa Software Proprietário para o Software Livre foi por se tratar de um sistema com código fonte aberto, podendo a empresa adequar o sistema às necessidades da organização, com a finalidade principal de ser um programa com a filosofia de estudar, copiar, distribuir e modificar. Conheceu o programa através de curso promovido pela empresa, com bom material didático, em que puderam aprender com segurança.

Carlos Ribeiro acredita que o software livre ainda vai dominar o mercado de programas, onde todos serão beneficiados, por não gastar nenhuma fortuna para adquirir bons softwares e que um dia não ouviremos mais falar em software proprietário ou software pirata. Após as pesquisas que fizemos aqui em Irecê percebemos que o Governo do Estado não incentiva e nem investe nos órgãos públicos estaduais a usarem o programa Software Livre. Encontramos apenas esta empresa citada acima que usa apenas alguns aplicativos.

Ainda são poucas as empresas públicas e privadas que usam o software livre em Irecê, por medo de encarar o novo e acomodação, pois para quem nunca teve acesso a nem um programa de computador antes, é preciso explorar bastante, pois as dificuldades são as mesmas. Na Embasa, também aconteceu assim, houve reações dos usuários "funcionários" dessa empresa, inicialmente todos se chocaram com a aparência e a maneira de se trabalhar no programa, mas não demorou muito para estes se familiarizarem com a nova interface do programa, e hoje gostam mais que dos outros com o qual estavam habituados. Carlos Ribeiro acha que usando o Software Livre algumas ações de conscientização serão desenvolvidas.

Considerações finais

Após tantas leituras, reflexões e pesquisas de campo que fizemos, tiramos muitas conclusões sobre a importância de usar Software Livre como, adotar padrões abertos que disponibilizam a qualquer usuário fazer as mudanças necessárias que quiser em qualquer programa; o nível de segurança proporcionado pelo Software Livre que é quase cem por cento mais seguro do que o Software Proprietário; eliminação de mudanças que os modelos proprietários impõem a seus usuários; a liberdade que os usuários têm de copiar e modificar quando quiser sem se preocupar com o produtor do programa.

Com estas descobertas e conhecimentos adquiridos sobre Software Livre, constatamos que as pessoas só têm a ganhar em adotar este programa com seus vários benefícios sem contar com as quatro liberdades e com o acesso ao código fonte que é um dos pré-requisitos para esta liberdade, também podendo navegar sem risco de vírus, que já são grandes vantagens para seus usuários. Acreditamos que este é o caminho, disseminar o uso do SL para todas as pessoas, mostrando que é um programa que vale a pena ter em seu computador.

Constatamos a importância de adotarmos o SL, por ser um programa em que os jovens estão inseridos e podem até modificar o código fonte, quem sabe sendo disseminadores de conhecimento da ciência tecnológica através dos programas criados e modificados com o código fonte.

Hoje existem vários jovens trabalhando no Ponto de Cultura Ciberparque Anísio Texeira em nossa cidade, com a capacidade de crescer no mercado de trabalho, como o caso do proprietário Moisés Filocre da Orca Linux Consultoria que começou como auxiliar no ponto de cultura e hoje é empresário, dando suporte e manutenção para as máquinas com o programa de SL.

Infelizmente não podemos mudar a todos, como por exemplo: existem escolas na rede Municipal de Irecê que ainda não adotaram o SL, mesmo com todas as informações trazidas por nós cursistas da UFBA, e as políticas públicas adotadas pelo Município de Irecê, alguns diretores de escolas resistem a esta adoção, mas no que depender de nós, iremos mudar este conceito arcaico dos diretores.

Precisamos agora estar mais atento a estas novas políticas públicas voltadas para o nosso município que são necessárias para a implantação do SL, que não inclua apenas as escolas, mas principalmente o comércio de Irecê. Cremos que seja um grande passo para promover cursos de capacitação aos comerciantes desta cidade para estarem mais aptos a atenderem seus clientes com informações necessárias sobre este programa que merece o nosso respeito, pois consideramos que é um programa que realmente respeita os nossos direitos de usar.

Portanto, a questão do SL está contextualizada em amplo cenário integrado, composto por ações de desenvolvimento tecnológico, inserção adequada do país na chamada “Sociedade da Informação”, promoção da cidadania, inclusão digital e racionalização de recursos.

Referências


IRECÊ. Plano Diretor Lei complementar 15/2008: Irecê, 2008.
CARTILHA DE SOFTWARE LIVRE. Salvador: PSL. Bahia, ed Abril, 2005.
CASSIA, de Rita. Programa de Formação de Professores. UFBA. IRECÊ. Entrevista Feita no Ponto de Cultura. Exposição oral, novembro, 2009.
SOFTWARE Livre: A Cibercultura em Irecê Disponível em http://www. moodle.ufba. br/course/view. Ph p? id=10061. Acesso em Abril. 2009
LIVRE, Guia. Referência de Migração para Software Livre do Governo Federal/ Organizado por grupo de trabalho, Migração para Software Livre. Brasília, 2005.

terça-feira, 23 de junho de 2009

PRINCIPIOS QUE ESTÃO PRESENTES NO A-CON-TECER DO CURSO DE PEDAGOGIA UFBA/IRECÊ

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO

PROFESSOR:MARIELSON DE CARVALHO
CURSISTA:CONSUELIA PEREIRA
ATIVIDADE:TERTÚLIA


COMENTÁRIO DO FILME O CARTEIRO E O POETA

O filme conta a história de um carteiro que ficou amigo do poeta Pablo Neruda durante o tempo que foi exilado numa pequena ilha da Itália, por problemas políticos. No início do filme o personagem, Mario (o carteiro) mal sabia ler, também deixa transparecer que uma de suas grandes preocupações é a de conseguir uma companheira. A vida simples que Mario levava, ter trabalho e uma esposa parece ser fundamental para ele. Quando o mesmo mostra sua insatisfação do seu trabalho de pescador, em uma das poucas conversas que tinha com seu pai,( pois o mesmo não gostava de conversar)

Mario consegue uma vaga para ser o carteiro exclusivo do poeta Pablo Neruda. Aos poucos, nasce uma grande amizade entre os dois. Então o poeta ajuda o carteiro a conquistar o seu grande amor. Logo nos primeiros contatos com o poeta, o carteiro busca identificar elementos que possam ajudá-lo a resolver suas necessidades afetivas. Observa os gestos do poeta e a maneira como fala e como trata sua companheira; tenta descobrir ou identificar algo que possa aprender. Mario busca um conhecimento no poeta e em sua poesia. Poeta e poesia significam para ele a possibilidade de conquistar alguém. Num dos contatos com o poeta, numa tentativa de aproximação, Mario brinca com palavras, e descobre que o que fez foi uma metáfora, O poeta reage e caracteriza as palavras de Mario: “Não devia se submeter a comparações e metáforas”. Mario sente que conseguiu estabelecer o diálogo; aprofunda-se querendo saber o que significa metáfora e o poeta explica: “Quando falamos algo, mas comparamos com outra coisa”. Mario compreende.

A poesia para Mario significava um infalível instrumento para conquistar mulheres, dela nada mais lhe interessava entender, além disso. Para conquistar Beatrice, a mulher pelo qual ele se apaixonou, o carteiro escreve para ela versos que Neruda escreveu para sua própria mulher; o poeta diz a ele que ele roubou, e ele responde no que talvez seja o diálogo mais brilhante do filme. Eu não roubei; a poesia é de quem precisa dela, e eu precisava. E o comunista Neruda diz: “É uma forma interessante de apropriação de um bem”. O filme é bastante poético e em vários momentos nos emocionam.





quarta-feira, 17 de junho de 2009

Vídeos Software Livre Massinhas

DISCURSO PELA ÉTICA

ÉTICA NA POLÍTICA

Os políticos, partidos políticos e o Poder Legislativo tem uma importância crucial na nossa sociedade, nós os elegemos acreditando que terão uma nova postura ética, mas, infelizmente, eles acabam nos decepcionando, dando sempre um mau exemplo. E esse mau exemplo reflete na formação dos futuros políticos, ou seja, os jovens, que inicialmente ainda sonham, lutam e até mesmo nutre a esperança de futuro, mais digno, justo e igualitário. Infelizmente essa esperança míngua no coração da maioria desses jovens quando percebem o cansaço, por estar lutando muito e vendo quase nenhum resultado. Nesse caso, fica só restando adequar-se ao sistema.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

PESQUISA DE CAMPO/SOFTWARE LIVRE

Entrevista no dia 17 de Abril, ao proprietario da empresa Orca Linux Consultoria, Moisés Filocre. Ele diz que o sistma utilizado na sua empresa é software livre (Debia, Ubutu, Gentoo, Linux) e já utiliza a mais de três anos. Afirma também que a filosoia de SL é ter sempre segurança e não ter que pagar licença de software proprietário.
Portanto a sua empresa já foi montada na plataforma Linux, por isso não houve migração.
Ele recomenda as pessoas com dificuldade no manuseio do SL, que comecem com o Debian, Gentoo e Ubutu, são os mais fáceis para os iniciantes.
A sua empresa utiliza os aplicativos: Openoffice, inkscape, Gimp, Gftp, BlueFish, Anjunta e muitos outros, e que o SL não tem problema nenhum, só preconceito pelo fato de empresas que utilizam distribuições Linux fracas, e revendem para o governo e grandes lojas de eletrodomesticos como s fosse o LINUX real.
O emprsario termina sua fala dizendo: "Software para mim é o futuro! É liberdade! É a comunidade unida se esforçando e dando o melhor de si, por um software perfeito e depois distribuir o código LIVRE sem cobrar nada aos usuários"

terça-feira, 7 de abril de 2009

SOFTWARE LIVRE

Percebe-se através de algumas entrevistas feitas no comercio da cidade de Irecê, sobre o SOFTWARE LIVRE, os quais adotaram o programa SWL, que seus funcionários conhecem muito pouco do programa, apenas alguns aplicativos, na maioria, estas empresas que utilizam o programa SWL são filiais e os programas vêm da matriz, que muitas vezes são de outro estado, portanto seus funcionários tiveram que se adaptarem ao programa sem ter tomado nenhum curso, pois não sabem o porquê a empresa adotou, e também desconhecem as suas vantagens ou desvantagens.
Apesar das dificuldades de conseguir informações em alguns lugares, tem outros lugares que tem pessoas muito bem informadas.
Sinto que estas buscas só estão me dando oportunidade de aprender cada vez mais e com isso me sinta inclusa no mundo digital.