sábado, 26 de setembro de 2009

GELIT- AS CIDADES INVISÍVEIS- ITALO CALVINO


AS CIDADES INVISÍVEIS
Em As Cidades Invisíveis (1972), Ítalo Calvino extrapola os fatos possíveis e imagina um diálogo brilhante entre "o maior viajante de todos os tempos" e o famoso imperador dos tártaros. Melancólico por não poder ver com os próprios olhos toda a extensão dos seus domínios, o imperador Kublai Khan faz de Marco Pólo o seu telescópio, o instrumento que irá franquear-lhe as maravilhas de seu império, quando os dois se encontram na capital, durante o século XIII.

O imperador não pode sair da capital e, para satisfazer sua curiosidade, Marco Polo descreve a ele as cidades e os lugares por onde passou durante uma viagem que teriam durado 30 meses. E com um detalhe, todas as cidades com nomes de mulheres, Pentesiléia, Cecília, Leônia, Clóe, etc, Com relatos curtos, poéticas carregadas de imaginação divididas por capítulos, o viajante Marco Pólo descreve as 55 cidades por onde teria visitado. Uma viagem por cidades imaginárias. Uma coleção de poesias em prosa. Um diálogo magnífico entre dois grandes nomes da Idade Média.

O autor consegue criar descrições de cidades fantásticas, que nos colocam sempre a pensar e a imaginar nossa relação com os ambientes ao redor. Cidades que são espelhadas, metrópoles inconscientes de sua história, mesmo invisíveis, essas cidades coexistem, na memória e, principalmente, na imaginação de cada um.

O desejo de Khan é montar o império perfeito a partir dos relatos que ouve. São lugares imaginários como: as cidades e a memória, as cidades delgadas, as cidades e as trocas, as cidades e os mortos, as cidades e o céu. O
jovem Marco permaneceu por 17 anos, desempenhando importantes funções diplomáticas na corte do Grande Khan. Isso é o que está registrado nos compêndios de história. O resultado é um livro extraordinário e indefinível.

Um comentário:

celia disse...

Muito legal sua reflexão sobre o livro "As Cidades Invisíveis". Consuelia Parabéns/.