terça-feira, 23 de junho de 2009

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO

PROFESSOR:MARIELSON DE CARVALHO
CURSISTA:CONSUELIA PEREIRA
ATIVIDADE:TERTÚLIA


COMENTÁRIO DO FILME O CARTEIRO E O POETA

O filme conta a história de um carteiro que ficou amigo do poeta Pablo Neruda durante o tempo que foi exilado numa pequena ilha da Itália, por problemas políticos. No início do filme o personagem, Mario (o carteiro) mal sabia ler, também deixa transparecer que uma de suas grandes preocupações é a de conseguir uma companheira. A vida simples que Mario levava, ter trabalho e uma esposa parece ser fundamental para ele. Quando o mesmo mostra sua insatisfação do seu trabalho de pescador, em uma das poucas conversas que tinha com seu pai,( pois o mesmo não gostava de conversar)

Mario consegue uma vaga para ser o carteiro exclusivo do poeta Pablo Neruda. Aos poucos, nasce uma grande amizade entre os dois. Então o poeta ajuda o carteiro a conquistar o seu grande amor. Logo nos primeiros contatos com o poeta, o carteiro busca identificar elementos que possam ajudá-lo a resolver suas necessidades afetivas. Observa os gestos do poeta e a maneira como fala e como trata sua companheira; tenta descobrir ou identificar algo que possa aprender. Mario busca um conhecimento no poeta e em sua poesia. Poeta e poesia significam para ele a possibilidade de conquistar alguém. Num dos contatos com o poeta, numa tentativa de aproximação, Mario brinca com palavras, e descobre que o que fez foi uma metáfora, O poeta reage e caracteriza as palavras de Mario: “Não devia se submeter a comparações e metáforas”. Mario sente que conseguiu estabelecer o diálogo; aprofunda-se querendo saber o que significa metáfora e o poeta explica: “Quando falamos algo, mas comparamos com outra coisa”. Mario compreende.

A poesia para Mario significava um infalível instrumento para conquistar mulheres, dela nada mais lhe interessava entender, além disso. Para conquistar Beatrice, a mulher pelo qual ele se apaixonou, o carteiro escreve para ela versos que Neruda escreveu para sua própria mulher; o poeta diz a ele que ele roubou, e ele responde no que talvez seja o diálogo mais brilhante do filme. Eu não roubei; a poesia é de quem precisa dela, e eu precisava. E o comunista Neruda diz: “É uma forma interessante de apropriação de um bem”. O filme é bastante poético e em vários momentos nos emocionam.





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